domingo, 12 de abril de 2009

Maria.

A pele escura, o cabelo negro e o rosto perfeito. Tudo nela me fascina. Seus olhos, grandes e escuros parecem me puxar para dentro de si. Para um lugar de sorrisos eternos, alegria infinita, quase como os olhos de Capitu, os olhos da ressaca do mar. Mulher de poucas palavras. Limita-se a dizer o que quer com um olhar, um sorriso, uma lágrima. Para ela, só isso basta. Para mim, tudo isso encanta.

            Dizem que a curiosidade matou o gato. Nesse caso, ela que se cuide. Curiosa como poucos, mais atenta que a maioria, consegue prestar atenção em tudo á sua volta, bem como transformar-se no centro das atenções de todos que a rodeiam. Dizem que é o dom do carisma. Dizem que é a graça da beleza.

            Nunca foi exigente. Os mais banais dos mimos sempre a bastaram. Se tem raiva, beijo seu rosto e dou-lhe um abraço, e é como se toda sua raiva desaparecesse. Se tem fome, jamais exige prato algum. Até mesmo um copo de água a satisfará. Sua simplicidade me encanta. 

            Incrível como gosta de ler. Ver TV ou até mesmo ficar sozinha a entretém. É como se a correria do mundo moderno e a agitação da cidade grande não a afetassem de modo algum. Seu olhar é sempre sereno, sempre tranquilo, sempre seu.

            Atende por Maria, como tantas outras. Atende quando quer, para falar a verdade. Maria. Maria como a mãe de Jesus. Maria como as três estrelas mais vistas no céu. Maria como a cientista revolucionária da França. Maria como a louca princesa do Brasil. E dentre todas essas, ela continua sendo Maria. A mulher dos meus olhos.

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